quarta-feira, 3 de março de 2010

O país precisa de um PSD forte e credível.

O país está anestesiado, sem reacção, parece que estamos todos à espera que suceda um qualquer milagre que venha por fim aos nossos graves problemas. Que surja alguém da bruma para nos dar uma mão. A situação financeira do Estado e dos privados, famílias e empresas, há muito que ultrapassara o limiar do razoável. Vivemos na incerteza, diariamente.
Os potenciais eleitores do partido Socialista estão a diminuir, veja-se a sondagem do último fim-de semana, José Sócrates e partido Socialista com valores – a descerem - há muito não verificados. O mandato que saíra da últimas eleições dado ao Partido Socialista para governar o país, na minha opinião, e estou convencido que, cada dia que passa, são cada vez mais a comungar desta opinião, dificilmente, face ao panorama politico actual, terá condições para ser cumprido até ao fim da legislatura.
Na verdade, e politicamente falando, o Governo saído das últimas eleições tem legitimidade para governar. No entanto, não posso deixar de fazer a seguinte pergunta: Quem é que nos governou nos últimos 15 anos, com excepção dos governos de Durão e Pedro Santana Lopes, que somados não ultrapassam os três anos. O partido Socialista. Donde, é a este partido que têm de ser assacadas as responsabilidades politicas de tudo o que acontecera de positivo e negativo. Infelizmente, feito o balanço, e os números são incontornáveis, formal ou informalmente falando, é muito negativo. E, não afirmo isto com satisfação, muito pelo contrário, é com muita dificuldade que tento aceitar esta situação.
Como sabem o partido social democrata está em processo eleitoral interno para a escolha do seu líder. São três os candidatos, até ao momento, que se perfilam para ganhar o partido e, digo a até ao momento, porque estou convencido que o Prof. Marcelo irá ser candidato. A não ser que o congresso extraordinário, a ter lugar nos próximos dias 13 e 14 de Março, lhe seja hostil.
O presente processo eleitoral do PSD reveste-se de extraordinária importância na actual conjuntura, em virtude do momento político e económico a que o país fora remetido. Com efeito, o partido, os seus militantes, têm uma responsabilidade sem paralelo desde a sua fundação. A de escolherem um líder que una o partido e, seja visto pelo país como tendo o perfil adequado para ser o próximo primeiro ministro.
No que a mim diz respeito, ainda não sei o suficiente sobre as convicções politicas das pessoas em questão para formar a minha decisão. Sei, contudo, que o meu voto recairá naquele que me convencer que porá, acima de tudo, os interesses do país. Basta de suspeições, de dúvidas de carácter, de alegados favores a amigos e a correligionários do partido e, de um país que desconfia de tudo e de todos.
Não quero falar de mudança, de ruptura, de unidade, porque isso colocar-me-ia próximo de um dos candidatos e, como atrás afirmei, ainda não decidi. Porém, tem de ser aquele que, de todos, se mostrar mais convicto de que pode levar por diante as reformas de que há muito o país carece. Com muita coragem e sem tibiezas. O interesse nacional é o fim primeiro dos partidos.

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