terça-feira, 29 de junho de 2010

O PSD e o futuro de Évora

Antes do mais gostaria de fazer uma declaração de interesses: integro a lista A ,e, tanto quanto sei, é a única que se candidata a mais um mandato à secção politica concelhia de Évora do partido social democrata. As eleições terão lugar na próxima sexta feira ,2 de Julho. Faço-o porque acredito no projecto político proposto por esta lista e na pessoas que pretendem levá-lo a cabo.
É conhecimento de todos os eborenses que a cidade está a passar por um momento crítico e dramático. Dir-me-ão: não é diferente do que aquilo pelo que o país atravessa no presente, todavia, não podemos justificar os nossos desaires com os desaires de terceiros. Este executivo camarário, comanda os destinos do concelho há 9 anos a esta parte e pouco ou nada fez de diferente da anterior gestão comunista.
O passivo camarário não diminui em relação ao deixado pelos comunistas; a cidade não ganhou competitividade económica; o desemprego aumentou; o emprego proposto por este executivo camarário é uma miragem para não usar um adjectivo menos agradável; o centro histórico degrada-se a cada dia que passa, quer a nível do edificado, quer a nível da sua vivência; os equipamentos desportivos não passam dos projectos; a intervenção no Rossio está para as “calendas”; a população cada vez mais envelhecida.
Com efeito e porque tenho a plena convicção de estarmos à altura dos desafios que a modernidade nos coloca, a equipa que comandará os destinos políticos concelhios do PSD de Évora, durante os próximos 2 anos, irá construir uma alternativa politica séria e capaz para levar a cidade de Évora ao futuro. O partido Socialista e o partido Comunista, já deram provas inequívocas de que fazem parte do passado.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Só a si o deve.

Para nosso infortúnio, pelo menos para o meu, a morte do escritor e prémio Nobel José Saramago veio trazer a lume mais uma vez as fragilidades e inabilidades politicas do actual presidente da república, prof. Cavaco e Silva.
Não é a primeira vez que o país fica perplexo, não todos, é certo, mas muitos portugueses ficaram, com as tomadas de decisão do PR. Para reavivar a memória colectiva, porque há quem diga que a nossa, em particular, é fraca. A primeira vez, aquando da alteração legislativa do estatutos dos Açores, fez parar o país, está a fazer quase um ano, com aquela enigmática declaração feita aos portugueses. A segunda vez, fora a forma como geriu o silêncio ensurdecedor sobre a alegada vigilância ao palácio de Belém, feita por um órgão do policia criminal a mando do Governo. A última, fora a justificação mirabolante que arranjou para não vetar politicamente a Lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Na verdade, não escrevo esta crónica para fazer a defesa dos méritos ou deméritos do Nobel da literatura. O meu conhecimento sobre literatura não me permite fazer nenhum tipo de juízo. Porém, do pouco que li do escritor, gostei. Agora não posso deixar de reconhecer que, o contributo dado pelo José Saramago, à cultura e, em particular à literatura portuguesa, é inestimável e inquestionável.
Pelas razões aqui aduzidas, qualquer cidadão constituído de bom senso concluirá que o escritor José Saramago é uma personalidade portuguesa incontornável e devemos estar todos reconhecidos pelo contributo dado por ele na projecção da nossa cultura no mundo inteiro.
Por isso, sem tibiezas e eufemismos baratos, o Presidente da República Portuguesa, por força de imperativo constitucional, é o máximo representante da nação. Mais, jurou a constituição aquando da sua posse. Por isso, era seu dever, como presidente da república, ter estado no funeral do Nobel José Saramago. Não esteve.
Resta-me perguntar por que é não esteve. Se foram razões pessoais que motivaram a sua ausência, não pode ser chefe de Estado. Se outras houve, ficámos sem as perceber. Temo, por isso, que o actual chefe de Estado irá ser o primeiro a não ser reeleito. Se isso suceder, só a si o deve.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O decoro, não abunda.

A comissão europeia veio informar que, pese embora, o plano de austeridade apresentado pelo governo português para ano em curso seja suficiente, todavia, para o ano de 2011 deve ser mais ambicioso. Isto significa, de forma dura e crua, que o próximo ano irá ser mais difícil para os portugueses, sobretudo, para os trabalhadores e pensionistas.
Na verdade, apesar de todos devermos contribuir com esforço e, acima de tudo, ficando com menos dinheiro disponível nas nossas carteiras, esse esforço dever ser equitativo. Quem pode contribuir mais, deve fazê-lo em nome da solidariedade social.
Para tanto, o Estado tem que dar um sinal claro aos representados, que somos todos nós, “Zé Povinho” em geral, que está empenhado e decidido em cortar na despesa supérflua e desnecessária. Por que o acordo para a alteração do PEC, estabelecido entre o partido do Governo e o principal partido da oposição, para além das medidas conhecidas por todos que visam o agravamento dos impostos directos e indirectos, havia uma outra que, muitos denominaram de simbólica, que visa a diminuição em 5% dos vencimentos dos titulares de cargos políticos.
Acontece porém que, os mesmos partidos que acordaram em levar a cabo essa medida, são os mesmos que na sua concretização em Lei, excepcionaram a sua aplicação a um conjunto de cargos de nomeação politica (chefes de gabinete, assessores, directores e sub directores gerais, entre outros). Isto é um sinal, infelizmente, não consigo ver outra coisa: de que esta gente ainda não percebeu que a situação é grave e pode ser explosiva a nível social.
Com efeito, ou os políticos portugueses interiorizam a premissa que já não existe mais margem de manobra, politica e social, porque já não podem aumentar os salários dos funcionários públicos em 2,9%, nem darem Magalhães às criancinhas do básico. Por isso, têm de uma vez por todas, de acabar com os sinais contraditórios e ofensivos da inteligência dos governados, ou então, não faltará muito tempo para termos o poder na rua.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Apenas as Escolas do interior!

Na passada semana, pela voz da senhora ministra da educação soubemos que as escolas do ensino básico, primeiros ciclo, as antigas primárias, com menos de 20 alunos iriam fechar. Até aqui, aparentemente, nada. De resto, estamos a viver um período de crise e, todas as medidas que visem a reorganização das funções do Estado, tendo em conta a diminuição da despesa pública, são bem vindas
Porém, numa análise mais cuidada, esta medida terá repercussões, sobretudo, no interior do país. Todos sabemos que é no interior onde residem menos pessoas e, que, a população residente, cada dia que passa se torna mais velha.
Dito isto, resulta claro, de que é mais uma medida contra o interior do país. Como alentejano que defende a coesão territorial, aliás, desígnio constitucional, não posso conformar-me com ela. De forma alguma.
Neste país quando há a necessidade de corrigir os desequilíbrios orçamentais, são sempre os mesmos a pagarem a factura. Os com menos voz e, no nosso caso, porque somos menos, por isso, representamos menos votos. Sendo, assim, uma medida fácil para este Governo, que só demonstra ser forte com aqueles que menos meios têm para o enfrentar.
Na verdade, se a redução da despesa é uma questão incontornável, porque é que este ano se contabilizou uma verba que aumenta a despesa do Ministério da Educação em 400 milhões de euros. Segundo consta foi o preço a pagar pelas tréguas com o secretário-geral da Fenprof.
O Alentejo como, aliás, o resto do interior, não pode ficar calado perante os ataques que este Governo tem, sistematicamente, feito ao interior. Umas vezes por omissão, outras, por acção. Ou o poder central toma a consciência desse facto e inverte o caminho, ou o interior do pais, talvez não sejam precisos muitos anos, transformar-se-á numa terra sem gente e totalmente descaracterizada.