terça-feira, 27 de outubro de 2009

O novo velho Governo da nação Lusa

O XVIII governo constitucional já fora empossado pelo Presidente da República. Tem algumas caras novas, sobretudo mulheres. Mas só isto, porque a maioria é repetente. A título de curiosidade, a máquina da propaganda socialista já referiu que o novo governo é constituído por cinco senhoras em 16 ministros. Grande feito... Os socialista são o máximo, um partido com grande sensibilidade para as questões da paridade. Porém esquecem-se de dizer, digo eu, quantas mulheres integram o governo. Sim, porque o governo não é só constituído pelos Ministros, os Secretários de Estado também são membros do Governo. Talvez a máscara possa cair. Ou, também, perfilham da ideia peregrina do então primeiro-ministro que, apelidou os secretários de estado, como ajudantes? Sejamos sérios.
Como alentejano, tenho alguma expectativa no desempenho do novo ministro da agricultura, ex administrador do Hospital de Évora. Bem sei que área de trabalho é distinta, todavia, dizem-me porque não conheço o trabalho, que se trata de uma pessoa capaz e competente.
A agricultura tem sido um dos sectores da economia mais esquecidos, diria mesmo completamente ignorada pelos vários governos, sem excepção. A política agrícola comum, conhecida por PAC fora devastadora para os Agricultores portugueses e, consequentemente, para este importante sector da nossa actividade económica. Por um lado, contribuiu grandemente para o êxodo rural. Como é sabido por todos, o interior rural está praticamente sem pessoas. Por outro, aquilo que deixámos de produzir no país, passámos a comprar fora. Os países nossos fornecedores são os grandes beneficiados com esta situação.
Portanto, daqui faço um apelo ao novo ministro da agricultura. Dialogue mais com os agricultores portugueses, em especial com os da região do Alentejo, a mais extensa área agrícola do país. Pois, são eles que melhor conhecem a realidade e em conjunto poderão fazer um diagnóstico rigoroso do estado da situação e, assim, encontrarem as medidas adequadas para os problemas existentes.
Se conseguirem chegar a um consenso, todos os envolvidos e interessados, talvez possam encontrar um caminho para atenuar a desertificação demográfica que o interior do país vive. E mais ainda, conseguirem concretizar o tão proclamado objectivo da coesão nacional, que tão mal tem sido tratado pelos nossos governantes

terça-feira, 20 de outubro de 2009

´Nem tudo irá ser como no passado recente....

O resultado das eleições autárquicas na nossa cidade sufragou o “status quo”, o partido socialista fora reconduzido para mais um mandato. Nada a dizer quanto à legitimidade politica do mandato conferido ao partido vencedor, pois, em democracia governa quem ganha mesmo que tenha um passado de governação que fique muito aquém, avaliação minha, das promessas eleitorais constantes dos anteriores programas eleitorais. “2001 e 2005.
Esta eleição do ponto de vista dos mandatos para a Câmara, número de vereadores das diferentes forças partidárias eleitos, não traz nada de novo, mantém-se a distribuição das eleições de 2005. Acontece, porém, que no que toca à assembleia municipal o partido socialista perdeu a maioria absoluta que detinha neste órgão. Este cenário importa algumas alterações de substância. Maior disponibilidade e abertura da força vencedora na apresentação das propostas a submeter ao escrutínio das forças da oposição. No fundo terá de haver maior responsabilidade politica de todos os envolvidos.
Na verdade o quadro politico saído das ultimas eleições autárquicas, observando e respeitando, repito, o resultado verificado, atribui maior poder à oposição com assento na assembleia municipal. O conjunto dos partidos, CDU, PSD e BE tem um número de deputados superior ao partido Socialista, por isso, terá o executivo camarário prestar mais contas, dialogar mais e encontrar pontos de convergência com as restantes forças partidárias.
Com isto não estou a sugerir que os actores políticos têm de fazer “tábua rasa” dos programas eleitorais que levaram à apreciação do eleitorado, isso seria, no mínimo, de grande desonestidade para com os seus respectivos eleitorados. O que quero dizer é que este mandato terá de ser mais partilhado do que fora os anteriores.
Resta saber se estarão todos à altura do desafio. Se assim for, quem beneficiará com isso é, certamente, a cidade e os seus habitantes.

Regresso a Blogosfera

As eleições autárquicas do passado dia 11 de Outubro constituirem para mim, porque fui eleito como autarca, uma grande satisfação. Foi a primeira vez na minha vida que participei numa eleição como candidato, e, fui eleito pela freguesia de Sé e São Pedro, concelho de Évora.
Isto representa um novo desafio. Não tenho qualquer tipo de experência nesta área, mas tenho uma grande vontade de fazer um bom trabalho em prol dos meus fregueses.