terça-feira, 27 de janeiro de 2009

QUEM FALA A VERDADE

As notícias sobre o licenciamento do centro comercial de Alcochete ( projecto freeport) estiveram sempre envolvidas em grande suspeita, desde o inicio. O projecto fora construído num local quer era considerado Zona de Protecção Especial, e que a mesma fora alterada pelo governo liderado pelo do eng.º António Guterres e, que, o actual primeiro-ministro, tutelara à época a pasta do ambiente. Estes factos são indesmentíveis.
Na verdade o primeiro ministro José Sócrates fora alvo de noticias pouco agradáveis na última campanha eleitoral para as legislativas, eu diria mesmo que, num país que adoptou a liberdade e o respeito pela dignidade da pessoa humana como pilares fundamentais para a concretização do estado democrático, são indecorosas e de todo reprováveis. Refiro-me às insinuações feitas sobre a sua orientação sexual.
Outras coisas bem diferentes são aquelas que dizem respeito à forma como terá conseguido a sua licenciatura, na universidade Independente e tudo o que envolve o caso freeport. A primeira das coisas, apesar de não ter sido produzida prova para que se pudesse formular um juízo de culpa, pois o caso não fora a julgamento, acontece porém que, todos ficámos ou caso todos, com uma sensação de que muito ficara por explicar. A segunda, mais parece uma telenovela, quando está para finalizar aparece sempre um novo facto que a prolonga por mais tempo. Daí a suspeição que recai sobre o primeiro ministro.
Num estado de direito democrático, é muito pouco razoável e mesmo inaceitável que a suspeição permaneça no ar tanto tempo. Há mais de quatro anos que se fala que o licenciamento freeport está pejado de ilegalidades e que houvera luvas para que o mesmo tivesse lugar.
De duas uma, ou estamos na presença de atoardas, falsidades, que visam unicamente, descredibilizar e fragilizar o actual primeiro ministro, pois o ano é de eleições, ou, então é tudo verdade, e o primeiro ministro deverá quanto antes tirar as exigidas consequências politicas, pedindo a demissão do cargo que ocupa e, assim, evitando que tudo isto não tenha mais e piores repercussões para a qualidade da democracia.
Porém, a Procuradoria Geral da República tem um papel da maior importância para o esclarecimento cabal da opinião pública. Primeiro tem de explicar por que é o caso, alegadamente, esteve parado nos últimos quatro anos. Segundo qual é o envolvimento do primeiro ministro em tudo isto, se é que teve alguma participação.
Ora, se nada disto for feito, a confusão toma dimensões tais que nada será esclarecido ou explicado. O primeiro ministro e os seus sequazes do governo recorrem ao argumento de que tudo isto não passa de uma cabala e de uma campanha urdida por maledicentes, por um lado, e, alguma opinião pública e publicada, fica com a sensação de que o não esclarecimento cabal desta situação, só favorece o primeiro ministro, por outro. Será que ninguém quer ver isto??




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