terça-feira, 6 de julho de 2010

Estou farto da demagogia do Primeiro Ministro.

As jornadas parlamentares do Partido Socialista pretenderam explicar à saciedade que, afinal, o partido não tem estado a governar mais à direita do que era seu apanágio, sobretudo, comparando esta governação com a levada a cabo pelo mesmo partido, nos anos oitenta ou senta do século passado. Esquecendo, talvez, que as pessoas não andam distraídas.
Para tanto o secretário-geral do Partido Socialista acusa o Partido Social-democrata de neo liberal pelo facto de a direcção do partido pretender “limpar” a Constituição. Como sabemos esta legislatura está investidas de poderes constituintes, serão precisos dois terços dos deputados para que a constituição possa ser objecto de revisão. Face á composição do actual parlamento, o partido socialista necessita dos votos do PSD para que uma eventual revisão seja operada.
As declarações do secretário-geral do Partido Socialista nas jornadas parlamentares indiciam que um provável acordo para alteração da Constituição ficara muito longe de se poder concretizar, se não, mesmo, impossível.
Em minha opinião irá perder-se uma excelente oportunidade para introduzir algum equilíbrio na Lei fundamental. A actual Constituição nasceu da revolução de Abril, após o famigerado PREC – período revolucionário em curso.
Não estou contra os direitos sociais em geral, não vejo é forma de assegurarmos a concretização dos mesmos com o actual modelo económico. Uma presença do Estado no mercado e nas famílias asfixiante. Uma vez que o modelo utilizado por este governo e levado até ao limite pelo actual primeiro ministro, esgotou-se com a falência do crédito fácil. Ora, se o crédito é cada vez mais escasso e, consequentemente, difícil de se obter. Fica a pergunta: como é que se consegue sustentar o actual Estado Social?
Mais uma vez o actual primeiro ministro prestou um mau serviço e deu um sinal errado ao país. Como o tempo é propício à demagogia, o desemprego dispara a cada dia que passa, as falências ocorrem todos os dias em números preocupantes, o Estado e a sociedade mais endividada. Em suma, as pessoas andam apreensivas e preocupadas, não há melhor terreno para proferir um discurso populista e demagógico. Como eu bem o conheço, Senhor Primeiro Ministro….

1 comentário:

joseguilhermesilva disse...

...a situação actual do País, originada pela falta de competência dos seus dirigentes, transformaram quase todos os empresários em autênticos "guerrilheiros" tendo os mesmos de há alguns anos para cá,como sua principal preocupação, a sobrevivência e não a criação de riqueza, situação única para a qual eles deveriam existir...
...o resultado está á vista - e pior do que termos um País numa situação económica dramática é termos essa mesma situação acrescida do facto de cada vez menos, haver possibilidade de se criar riqueza...pelo facto em cima descrito.